Do Senheiser ao Aiaiai, uma lista dos melhores fones ouvidos por aí

Sou todo ouvidos. Por isso, vibrei na base durante uma viagem de trabalho à Dinamarca, há alguns meses, quando soube que faria uma visita à sede da AIAIAI, que produz alguns dos fones de mais bacanas do planeta. A empresa com nome de música da Vanessa da Mata fica num prédio de quatro andares no centro de Copenhague, que serve de fábrica, escritório e loja. Passeei por ali durante uma hora – meu momento incrível-fábrica-de-chocolates – ao lado de um dos seus fundadores, Frederik Jorgensen, e do meu cicerone-hóspede, Rasmus Shack. Vimos como os fones são feitos, como os cabos são montados e como tudo é embalado. Ao final, Jorgensen, explicou como surgiu o projeto (em 2006). “Foi a paixão que eu e meus sócios temos por música que nos fez criar fones que nos aproximassem ainda mais dela, em todos os sentidos”, resumiu ele, que, lamentavelmente, não me presenteou com todos os modelos da AIAIAI ali reunidos.

Apesar da simplicidade da explicação de Jorgensen, fones de ouvido – que movimentam, a cada ano, um mercado bilionário – são, de fato, os responsáveis por nos conectar, virtualmente, com a música, ainda mais em tempos de crescente mobilidade. Com as lojas inundadas de ofertas, fiz um top ten, pessoal e variado, para ajudar na escolha do par perfeito para seus ouvidos. Não é uma lista dos melhores fones do mercado. São os melhores fones do mercado que eu conheço (ou seja, testei e usei).

1) Senheiser – PX 100 – II – Leve e compacto, é uma excelente opção para celulares e tablets. Dobrável, com base reforçada com aço, tem boa resposta em freqüências graves e um fio na medida certa. O uso constante, porém, desgasta as espumas (que podem ser substituídas) e o cabo. Todos que eu tive duraram, em média, um ano. O mais recente sobrevive (bem) todo recauchutado e me acompanha na academia. Importado. Preço médio: US$ 50.

2) Senheiser – HD 25 C – II – Com um design simples, sem floreios (os fios soltos ao redor da base não são exatamente bonitos), esse fone da marca alemã ganha pontos na sonoridade clara e poderosa, com excelente retorno em ambientes barulhentos e graves bem definidos. Há anos, é o meu titular, em casa e como DJ. Importado. Preço médio: US$ 250.

3) Skullcandy – Navigator – Marca norte-americana conhecida pelo forte marketing e por produtos que parecem privilegiar a estética em detrimento da qualidade, a Skullcandy tem no modelo Navigator uma saudável exceção à essa regra. Com visual discreto e eficiente (o cabo é destacável), som potente, em particular nos graves (embora os médios fiquem meio abafados), é uma boa opção para aparelhos portáteis. Importado. Preço médio: US$ 100.

4) B & O – H2 – A Bang & Olufsen é referência em produtos de áudio de alta fidelidade (altos preços também). O modelo H2 mantém a excelência no design, típico da empresa dinamarquesa, completado por uma estrutura robusta e, ainda assim, flexível. A sonoridade, extremamente refinada, é muito acima do padrão. Vem em cinco cores. Importado. Preço médio: US$ 250.

5) B & O – Form 2i – O modelo Form 2i é um dos mais antigos da Bang & Olufsen. Com um design que hoje pode ser classificado como retrô, tem sonoridade impecável, mas perde alguns pontos no quesito mobilidade, já que não é dobrável. Importado. Preço médio: US$ 150.

6) Aiaiai – TMA 2 – Vinda de um país conhecido pela excelência no design, a AIAIAI segue a tradição dinamarquesa de produtos com visual refinado. Além do som de alta qualidade, modelos como o TMA 2 trazem o diferencial da AIAIAI, com estruturas independentes (dos cabos aos fones) que podem ser montadas ao gosto (e necessidade) do consumidor. Importado. Preço médio: US$ 200.

7) Aiaiai – Tracks – Com um design premiado, de formato minimalista, o Tracks é outro destaque do catálogo da AIAIAI. Como em todos os produtos da casa, as partes são destacáveis e podem ser facilmente trocadas (mas não recombinadas, como o TMA 2). O único senão é base, não dobrável, que limita seu transporte. Mesmo assim, pelo visual e pelo som cristalino, é meu favorito para a rua. Importado. Preço médio: US$ 60.

8) AKG K451 – Discreta no marketing (apesar de citada no livro bestseller “O código Da Vince), a tradicional empresa austríaca é famosa pelos microfones, mas não fica a dever com seus fones. Modelo da linha básica, o K451 – dobrável, com qualidade de som superior – é excelente para uso no trabalho e em trânsito. Importado. Preço médio: US$ 100.

9) Urbeats by Dre – Marca preferida de craques e poseurs do esporte, a inflacionada Beats by Dre (criada pelo poderoso chefão do rap) tem modelos que ficam bem nas fotos, soam bem nos ouvidos, mas perdem pontos pela dureza de sua estrutura. Fora dos holofotes, o Urbeats é um campeão por natureza: potente, prático (vem com três diferentes encaixes para a orelha) e maleável. Importado. Preço médio: US$ 100.

10) JBL – T50 – Para quem não quer esquentar a cabeça e deseja apenas um fone bom, simples e barato, o JBL T50 é uma saída. Facilmente encontrável no mercado brasileiro, tem som definido e alguma pressão nos graves, mas possui um cabo não muito resistente, que perde a linha com o tempo. Preço médio: R$ 70.

(Fotos de divulgação)

Remix de texto feito para a revista “Carbono Uomo”.